Cena 1: Viagem de amigos à praia. Amiga bonitona, de 25 anos, chega toda nervosa na casa, com uma sacolinha de farmácia.
Amiga: Aiii! Menstruei. Me ajuda a por OB, nunca usei antes!
Ignorei a parte de ela nunca ter usado OB (eu posso fazer uma defesa linda de como ele é mais higiênico que qualquer absorvente externo, mas fica pra outro dia) e expliquei como colocar o negocinho que é bem menor do que qualquer micropênis que já vi nessa vida.
Nervosa, ela entrou no banheiro, eu fiquei do lado de fora esperando. E de repente, começo a ouvir gritos.
Amiga: Não vai! Eu não acho o buraco!
COMO ASSIM!?!??!?! Como assim não achar o buraco? Quer dizer, ele nunca saiu do lugar em que sempre esteve, onde ela devia enfiar o dedinho pra se masturbar e…. Ela revela que não se masturba.
Pois é. Enquanto o André levantou aí as estatísticas da punhetagem masculina com overdose de candidatos para contar seus números, com as mulheres o assunto é todo chato e cheio de tabus. Elas não falam, elas têm vergonha, elas não fazem. Até a palavra que usam, siririca, é feia e incomum. É legal bater uma punheta, é esquisito contar que fez uma sirirca. (ou bateu? qual verbo usar?)
Eu me masturbo desde uns 9 anos de idade, acho. Lembro que um dia me rocei no colchão e foi gostoso e isso virou um hábito que eu mantinha quando estava sozinha. Naquela época, eu tinha vergonha disso. Mantive meu hábito em segredo, mas nunca larguei mãodaquilo.Hoje em dia faço isso sempre, não sei quantas vezes por semana nem com que frequência, mas é sempre que dá vontade e nos mais variados lugares. Considero essencial. Primeiro que o orgasmo que tenho sozinha, me perdoem os homens, é muito melhor do que qualquer coisa que tive acompanhada. Segundo porque consigo lidar com a minha excitação sozinha quando quero. Sem falar que acalma, faz bem pra pele (adoro essa expressão) e, claro, me ajuda a me conhecer (eu sei onde fica o buraco, vejam bem!!!)
Essa amiga do exemplo acima é uma moça menos liberada, mais conservadora… Mas tenho amigas superliberais, que adoram ficar peladas, que também não se masturbam. Uma delas falou: “Que tesão eu vou sentir pela minha mão?”. Eu não tenho tesão na minha mão… Eu tenho tesão no que leio, vejo ou penso. E uso minha mão pra transformar esse tesão em prazer. Digo mais: não precisa ser sua mão, pode ser um vibrador, uma almofada (não, não vá enfiar uma almofada, é pra roçar, ok?), e qualquer outra coisa que a logística, sua criatividade e sua vontade permitirem.
E é tão gostoso. Mesmo assim, parece que o mundo acha feio fazer isso, ou falar que faz. Uma vez no interior falei na mesa do bar “eu me masturbo” e levei uma saraivada de “credo, helena”s na cara. CREDO!?!?!?!? Oi? Credo seria eu fazer sanduíche de buceta!
Mulheres não fazem ou fingem que não fazem… E depois reclamam que têm dificuldade de chegar ao orgasmo no sexo, que têm vergonha do corpo, que o homem não manda bem. Mocinha, se nem você manda bem com você mesma, como vai exigir que outro mande?
Então se eu já tiver alguma leitora, e se essa leitora ainda não for adepta da siririca, fica aqui meu dever de casa: vai pra casa, liga no Redtube (ou vai ler Madamme Chatterley, 50 Tons de Cinza, Casa dos Budas Ditosos, contos eróticos online….), quando ficar com tesão, ao invés de tomar um banho frio, pega essa linda mãozinha esmaltada de rosa chiclete e usa ela pra fazer o que pinto nenhum vai fazer por você. Depois me conta, conta pras suas amigas, pro seu namorado, sem vergonha nenhuma.
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